quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Primeiros sinais de fumaça...

Olá amigos da TV Diário!

Falamos direto dos confins da América do Sul! Mas chegar até aqui não foi tão simples!

Tudo começou assim...


Ficou combinado com os coordenadores do PROANTAR, Programa Antártico Brasileiro que a nossa equipe encontrasse com o pessoal da Marinha brasileira em Punta Arenas nos Chile, município que fica no extremo da América do Sul, por isso é um local estratégico para quem vai a Antártica.

O PRIMEIRO DIA

Para chegar até Punta Arenas é preciso pegar um vôo com conexão em Santiago, capital do país. Aproveitamos a parada de quase duas horas para testar nosso equipamento, e não é que funcionou perfeitamente? Em pleno saguão do aeroporto, o Montanha aproveitou para mandar para Mogi das Cruzes, as imagens que ele gravou da Cordilheira dos Andes durante o vôo. O material foi ao ar no Diário TV 2ª. Edição do mesmo dia.


O AEROPORTO FANTASMA

É claro que para nossa viagem ficar emocionante e inusitada, nem tudo poderia ser perfeito...


Chegamos a Punta Arenas às 18:00 horas e sem atraso. As nossas malas estavam demorando para sair da esteira do desembarque, e aos poucos fui percebendo que a agitação de passageiros estava cada vez diminuindo...


Em questão de minutos o aeroporto estava num silêncio perturbador. Mais estranho ainda é sair pelo portão principal e constatar que não havia mais nenhum táxi! Olhava para os balcões de check-ins e ninguém! As lojas de souvenires, farmácias, restaurantes todos fechados. O saguão fazia até eco.
Pus a mão na cabeça e pensei: caramba, e agora, como vamos sair desse fim de mundo? O aeroporto fica a quase 30 quilômetros do centro de Punta Arenas, e o abandono dava medo até em assombração.

Foi quando apareceu um cidadão que toma conta do caixa de pagamento do estacionamento. Expliquei para ele a situação, e muito solícito, o chileno nos deu uma lista com dez números de taxistas locais. Juro que liguei para todos, e nenhum atendia a ligação. Além disso, o telefone público que funciona apenas com moedas “engoliu” todas que eu tinha disponível.

Eis que surge Carolina! Uma faxineira que acabara o serviço no reservado feminino. O funcionário do estacionamento perguntou se ela conhecia algum taxista, e foi questão de segundos para a senhora sacar o celular do bolso e ligar para o amigo dela!

15 minutos depois Roberto Martinez, o taxista no seu possante Chevrolet Astra ano 2003 veio nos salvar do aeroporto fantasma.

Perguntei por que de repente o lugar que parecia estar lotado ficou no completo abandono. Ele me respondeu com uma frase curta: “é por que só temos um vôo por dia”...

2 comentários:

RICARDO MELLO disse...

Graaaaande Tanida!!! Meu herói!

Sabia que vc e o Montanha iriam longe, mas não tanto, hehehe

Parabéns aos dois, meus grandes companheiros de trabalho e amigos do peito.

Não esqueçam de lavar as meias de lã para usar de novo no dia seguinte....

Abraço e boa sorte!

Ricardo Mello

Pascom disse...

Li esta manhã em O Diário de Mogi, o quanto vocês batalharam por este momento. Com as reportagens que serão apresentadas na TV Diário, com certeza,se inscritos, vocês estarão concorrendo ao prêmio do CNPq para jornalista(Prêmio é destinado àqueles que contribuam significativamente para tornar a ciência, a tecnologia, a pesquisa e a inovação conhecidas do grande público.

Boa Sorte!